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Sustentabilidade na Europa | BCSD Portugal

No dia 29 de Junho de 2021 foi publicada a entrevista a Mafalda Pinto feita por parte de João Wengorovius Meneses, Secretário-Geral do BCSD (Business Council for Sustainable Development) em Portugal, que debate o novo Plano de Ação para a Economia Circular, lançado em março de 2020 pela UE, que define uma nova estratégia para os têxteis que visa reforçar a competitividade e a inovação no setor e a impulsionar o mercado da reutilização.

Quando questionada sobre os maiores desafios relativamente à gestão da produção e valorização do desperdício no setor têxtil, Mafalda comentou que

“o maior desafio passa por encontrar formas de eliminar, reduzir ou re-aplicar o desperdício na sua origem e estar menos concentrados em encontrar soluções para resolver “o problema”, isto é, assumindo que podemos continuar a gerar desperdício e que a Era de desresponsabilização será a nossa única forma de viver.”

Mencionou ainda que embora esta transição para uma economia circular já esteja em curso em algumas empresas, são grandes os desafios. O universo é extenso e difícil de controlar dadas as inúmeras fases e intervenientes neste processo de produção têxtil. O grande desafio está diretamente relacionado com o modelo de retalho, ainda utilizado pela grande maioria das marcas, em que compram “às cegas” na esperança de vender. E que será necessária uma aposta forte na educação do consumidor para um comportamento de consumo consciente, sabendo de antemão que a simples descartabilidade das roupas (fast-fashion) agrava esse desafio. Compete ao consumidor exigir e gerar um movimento de combate ao desperdício têxtil, e à marca assegurar a medição de impacto ambiental, económico e social no fluxo têxtil, assim como promover a visibilidade destes impactos na comunidade de forma inovadora e educativa.

Ao longo da entrevista, a empresária falou sobre a coleção de upcycling da Tommy Hilfiger, feita com as próprias sobras dos tecidos da marca que foi sem dúvida uma grande conquista por parte da Scoop e falou tambem sobre  duas prioridades da agenda da UE para a década 2020-30 que são a transformação digital e a transição para a sustentabilidade e como estes dois vetores se alinham no setor têxtil.

“A transformação digital, que já é uma realidade em muitas marcas e indústrias, permitirá, numa abordagem simplista, a transformação dos processos de design e desenvolvimento em 3D, reduzindo drasticamente o desperdício causado pela quantidade imensa de amostras geradas no desenvolvimento de coleções e que passam a ser inúteis (e por consequência desperdício).

Mais importante ainda é a aplicação de tecnologia digital no retalho: as vendas online tomaram conta da nossa forma de consumo, evoluindo de forma veloz para o sistema de pre-order em que as marcas vendem antes de comprar.

Por outro lado, as plataformas de blockchain que permitem rastrear o produto, calculando a pegada hídrica e carbónica de cada peça de roupa, assim como a total transparência de toda a cadeia associada a nível ambiental e social.”

A visão de foco da Scoop como na responsabilidade social, sustentabilidade e transparência da cadeia de valor da indústria têxtil tambem foi um alvo nesta entrevista e Mafalda afirmou que tem como como objetivo principal a conclusão do trabalho já iniciado em 2020, que consiste na digitalização de todo o material excedentário. Para que seja efetiva uma transição total para uma indústria de “close loop”, sendo possível em tempo real perceber o impacto de cada cliente/encomenda e dar-lhe de imediato uma nova vida. A Scoop acredita que o futuro vai ser circular e por isso analisa o seu impacto em todas as vertentes e transforma o desperdício em ativo, dando um novo propósito ao “lixo” através do upcycling ou em alternativa a reciclagem.

“Sustentabilidade é uma prioridade para a Scoop e uma paixão para mim em particular”

Para ler o resto da entrevista clique aqui 

 

 

 

 

 

 

 

 

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